Criadores da Eisenbahn comandam uma queijaria que já fatura R$ 10 milhões

As cervejas da Eisenbahn agora trazem no rótulo o tipo de queijo mais indicado para cada sabor da bebida

Os empreendedores catarinenses Bruno e Juliano Mendes querem marcar o mercado nacional de queijos assim como marcaram o de cerveja. Eles fundaram a cervejaria Eisenbahn em Blumenau em 2002 e a venderam em 2008 ao grupo paulista Schin, hoje parte da holandesa Heineken. Em 2013, começaram uma nova empreitada, agora no universo dos queijos, com a Pomerode, fabricante que já tem 28 produtos no catálogo.

O interesse dos irmãos Mendes pelos queijos surgiu em 2006. Naquele ano, Bruno foi a um congresso de cervejarias artesanais nos Estados Unidos e assistiu a uma palestra sobre a harmonização de cervejas com queijos. “Naquela época éramos os únicos brasileiros em congressos internacionais de cervejas. Hoje somos os únicos nos congressos sobre queijos”, diz Bruno.

De lá para cá, os empreendedores passaram a estudar o assunto. As cervejas da Eisenbahn agora trazem no rótulo o tipo de queijo mais indicado para cada sabor da bebida. Depois de vender a cervejaria, os irmãos decidiram entrar mais fundo nesse universo. Como no caso da Eisenbahn, a proposta é provocar um choque de qualidade no setor. “Existe em parte do mercado a ideia de que o brasileiro não gosta de queijo forte. Era assim com a cerveja e nós mostramos que essa ideia estava errada. Vamos fazer o mesmo com o queijo”, afirma Juliano.